19 de maio de 2025

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A revolução dos dados na saúde começa pelos relatórios de RH

Num cenário cada vez mais orientado por dados, transformar informação em ação tornou-se uma exigência. Na saúde ocupacional, isso significa ter acesso rápido, confiável e bem estruturado às informações dos colaboradores. Os relatórios de RH automatizados ganham protagonismo ao reunir dados antes dispersos e viabilizar uma leitura mais ampla e precisa das condições internas das empresas.

Para o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), a organização desses dados impacta diretamente em sua atuação. 

Questões fundamentais dependem de informações confiáveis: quais são as causas dos afastamentos? Por que determinados setores registram mais baixas no trabalho? O que explica a diferença entre unidades com índices distintos de desligamento?

A tecnologia reorganiza a saúde ocupacional

Com a digitalização, a rotina da saúde ocupacional passou por mudanças significativas. Antes, a coleta de dados era feita manualmente e frequentemente mantida em áreas separadas. 

Informações relevantes ficavam restritas a prontuários ou planilhas locais, dificultando o mapeamento das causas de afastamento ou a identificação de padrões por setor.

A adoção de sistemas de gestão permitiu centralizar os dados e inseri-los em um contexto mais amplo. “Temos um grande campo de dados; é preciso entender como transformá-los em informação relevante para a gestão. Os dados são como o petróleo: você pega uma matéria-prima e consegue produzir vários derivados”, explica o médico Lucilio Saraiva, diretor de medicina da Oliv-e, healthtech especializada em soluções para empresas, clínicas e hospitais.

O que os relatórios de RH revelam

Relatórios de RH completos ajudam médicos do trabalho a compreender os motivos mais frequentes dos afastamentos e a elaborar planos de mitigação. Também facilitam o mapeamento por unidade, especialmente em empresas com filiais espalhadas pelo país. 

Discrepâncias entre regiões podem apontar fatores externos, como surtos locais de doenças, exigindo ações direcionadas de prevenção.

Outra fonte importante de análise são os chamados eventos sentinela — exames ou consultas que indicam possíveis padrões de risco. Um mesmo exame repetido ao longo do ano, por exemplo, pode sugerir uma investigação em andamento. 

Esses indícios ajudam o médico do trabalho a visualizar riscos ainda não mapeados e cruzar dados com mais segurança.

Quando o contexto externo altera a rotina

O médico Lucilio Saraiva lembra que, em 2024, as enchentes no Rio Grande do Sul afetaram diretamente a saúde dos trabalhadores. Ele conta que uma grande empresa identificou aumento nos afastamentos relacionados à saúde mental. 

“E, como já possuía mapeamento da saúde ocupacional, a organização pôde atuar rapidamente. Criou um programa temporário de acolhimento e triagem, com orientações direcionadas conforme a gravidade de cada caso. Parte dos colaboradores foi encaminhada para atendimento completo; outros, para ações mais pontuais”, acrescenta.

(Leia também: Saúde mental no ambiente de trabalho: como amparar os colaboradores)

Cultura de dados da saúde ocupacional

De acordo com o diretor de medicina da Oliv-e, a informatização da saúde ocupacional está diretamente ligada à cultura da empresa. Em uma década, houve mudança no perfil dos profissionais da área, que passaram a olhar além das exigências legais. O cuidado com o colaborador ganhou mais espaço.

“Apesar disso, o grau de maturidade varia. Empresas com visão estratégica tendem a adotar ferramentas com mais fluidez. Outras, com foco apenas no curto prazo, mostram resistência à inovação por não perceberem retornos imediatos”, afirma Lucilio Saraiva. 

“A diferença se torna mais evidente em negócios com equipes especializadas e alta qualificação. Nesses casos, o afastamento de um profissional implica custos maiores com substituição, treinamento e adaptação.”

Ganho de tempo e planejamento mais preciso

Com relatórios automatizados, médicos e enfermeiros do trabalho deixam de gastar tempo reunindo dados soltos. 

As informações chegam prontas para análise, o que permite dedicação integral à saúde do time. 

A equipe do SESMT consegue planejar ações preventivas com base em evidências organizadas, cruzar dados por região, função ou condição clínica, e propor estratégias mais precisas.

Mais controle sobre os custos

A automação dos dados também influencia o orçamento. 

Um aumento nos casos de cirurgias de coluna, por exemplo, impacta diretamente a sinistralidade dos planos de saúde. 

Quando a empresa identifica o problema com agilidade, consegue agir na origem e minimizar os efeitos. 

A prevenção se torna mais eficaz quando os dados mostram o caminho.

Dados como aliados da saúde ocupacional

A digitalização trouxe novas ferramentas à disposição das empresas. No entanto, o valor está menos na tecnologia em si e mais na capacidade de interpretar os dados com atenção. 

Essa leitura criteriosa permite que líderes façam ajustes e previnam perdas futuras.

Além dos sistemas de saúde ocupacional, as empresas podem investir em outros tipos de tecnologia. 

A Oliv-e é uma healthtech que atua em parceria com empresas de diferentes portes e setores. 

Ela fornece ferramentas inovadoras que podem ampliar muito a eficiência das entregas em SESMT. 

Para saber mais detalhes, acesse o site da Oliv-e.