Saúde mental no ambiente de trabalho: como amparar os colaboradores

A saúde mental no ambiente de trabalho é um tema muito atual no universo da saúde ocupacional. Burnout e outros transtornos mentais apresentam índices alarmantes em relação ao número de casos no Brasil e em vários outros países. Somente em 2024, mais de 470 mil trabalhadores foram afastados por questões ligadas à saúde mental no Brasil, segundo dados do Ministério da Previdência Social. No ano anterior, foram 283 mil afastamentos, ou seja, houve um aumento de quase 70% em 12 meses.

Uma recente atualização da NR-01 (Norma Regulamentadora Nº 1), prevista para entrar em vigor em maio, lançou ainda mais luz sobre a questão da saúde mental no ambiente de trabalho. Essa norma, editada pelo Ministério do Trabalho, define diretrizes gerais sobre segurança e saúde no trabalho no Brasil.

Com a atualização, os riscos psicossociais no ambiente de trabalho passaram a ser contemplados pelo Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). A partir do momento em que a nova norma entrar em vigor, as empresas terão de se organizar para fazer o mapeamento do risco psicossocial no âmbito laboral.

Ambientes de trabalho saudáveis reduzem significativamente o absenteísmo (falta ou atraso frequente do funcionário no trabalho), o presenteísmo (quando o trabalhador está presente, mas com baixa produtividade) e a rotatividade. Estudos demonstram que colaboradores mentalmente saudáveis são mais engajados, criativos e resilientes.

Saúde ocupacional pode mitigar riscos psicossociais

A área de saúde ocupacional de uma empresa pode atuar para identificar e mitigar riscos psicossociais. Os médicos responsáveis devem ser proativos para garantir um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

A identificação dos riscos psicossociais pode ser feita com base em uma soma de iniciativas: avaliações ergonômicas, pesquisas de clima organizacional e entrevistas com colaboradores. Vale ainda ter uma rotina bem estabelecida de exames periódicos para revelar sinais precoces de estresse, ansiedade e burnout.

Entre os indicadores de riscos psicossociais que servem como sinal de alerta, podemos destacar: sobrecarga de trabalho, prazos excessivamente curtos, falta de autonomia, comunicação insuficiente e assédio moral.

Mitigação dos riscos psicossociais na prática

Combinar ações é o caminho ideal para mitigar os riscos psicossociais nas empresas. Veja algumas das iniciativas mais eficazes:

  • Promoção de uma cultura organizacional saudável, com canais de comunicação abertos e apoio da liderança;
  • Treinamento de gestores para que eles possam reconhecer sinais de sofrimento mental e intervir com assertividade;
  • Programas de apoio psicológico, que envolvam acesso a terapias e suporte emocional;
  • Flexibilização da jornada de trabalho, a fim de garantir equilíbrio entre a vida pessoal e profissional;
  • Incentivo à prática de atividades físicas e de mindfulness, com o objetivo de reduzir o estresse.

A saúde ocupacional deve atuar de forma integrada com a área de recursos humanos e as lideranças. Esse esforço multidisciplinar garante que as estratégias de mitigação sejam implementadas e acompanhadas.

O objetivo, mais do que atender às legislações vigentes, é promover o bem-estar das pessoas que formam o quadro da empresa. Como consequência, o ambiente de trabalho se torna mais produtivo, saudável e sustentável.

Como promover a saúde mental no ambiente de trabalho?

A saúde mental no ambiente de trabalho precisa estar no radar dos profissionais de SESMT (Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho). Há muitos caminhos para amparar os colaboradores e ter um acompanhamento real sobre seu estado mental e emocional.

Em diferentes setores, as empresas têm buscado formas de incluir a saúde mental em meio às prioridades dos pacotes de benefícios. Entre as opções, uma iniciativa bastante válida é buscar soluções tecnológicas que entreguem real valor às pessoas.

Questionário MBI de avaliação da saúde mental

Uma das ferramentas de investigação mais práticas e modernas disponíveis no mercado é o questionário que avalia a saúde mental dos colaboradores. A Oliv-e, healthtech especializada em tecnologias inovadoras para a saúde nas empresas, usa o questionário de avaliação Maslach Burnout Inventory (MBI). 

O MBI é uma ferramenta de investigação que tem como base um artigo científico publicado em 1981. O MBI avalia a síndrome de burnout com base nas definições da Organização Mundial da Saúde (OMS) e é usado em 88% das publicações de pesquisa sobre essa doença ocupacional.

Na ferramenta da Oliv-e, as respostas às perguntas são compiladas por uma calculadora de status mental, que classifica o grau de risco de o funcionário desenvolver transtornos mentais – ou se já apresenta algum indício. Vale destacar que a Oliv-e possui outras calculadoras, focadas em doenças como hipertensão e diabetes.

As 3 escalas do questionário MBI de burnout

Dada a densidade do questionário MBI, ele é um termômetro não apenas de burnout, mas também de outros transtornos mentais que possam acometer os colaboradores. O MBI aborda três escalas, que são investigadas por meio de dezenas de perguntas.

  • Exaustão emocional: mede a sensação de estar emocionalmente sobrecarregado e exausto devido à carga excessiva de trabalho;
  • Despersonalização: caracterizada por insensibilidade emocional, que pode levar a tratar colegas e clientes como objetos. Além disso, pode acarretar um distanciamento exagerado, que resulta em cinismo, sentimentos de culpa e retração;
  • Realização pessoal: mede a satisfação com realizações passadas e presentes e avalia as expectativas da pessoa sobre a continuidade naquele emprego.

Como os colaboradores respondem ao questionário no ambiente de trabalho?

O questionário MBI pode ser respondido pelos colaboradores de duas formas. Em ambas, o funcionário tem acesso ao questionário de saúde mental e a outras funcionalidades.

  • Cabine de autoatendimento: trata-se do teleconsultório para empresas, que dá acesso médico a colaboradores e desenvolve hipóteses diagnósticas. É uma cabine para consulta de telemedicina com total privacidade no ambiente de trabalho;
  • Totem de autoatendimento: painel compacto, de fácil instalação, que analisa sinais vitais por meio de leitura facial. O dispositivo captura medidas corporais básicas do corpo humano, como frequência respiratória, pressão arterial, frequência cardíaca e oximetria.

Um diferencial importante do questionário da Oliv-e é a transparência em relação aos dados dos funcionários. Eles recebem o resultado de forma imediata, impedindo que fiquem ansiosos. E mais: os dados de saúde pertencem ao colaborador, não à empresa. A própria pessoa deve saber como está para que possa ser protagonista da solução, caso algum problema seja detectado.

Saúde mental no ambiente de trabalho deve estar no radar das empresas

Garantir a saúde mental no ambiente de trabalho é um dever das empresas. Não apenas pela questão legal, mas também pela promoção de um clima organizacional que contribua para o bem-estar das pessoas.

As ferramentas da Oliv-e, que utilizam o questionário MBI, são um excelente ponto de partida. Para saber mais sobre elas e entender como a Oliv-e pode atender a sua empresa, acesse o site agora mesmo.