Médicos do trabalho: 7 desafios contemporâneos a serem enfrentados
Se você é médico do trabalho talvez já tenha se deparado com o desafio da dra. Júlia, uma personagem hipotética. Ela trabalha numa empresa de médio porte e, de uns tempos para cá, notou um aumento de funcionários com sintomas de esgotamento mental. Insônia, irritabilidade e cansaço constante se tornaram queixas frequentes. Para diversos casos, a médica diagnosticou burnout. Embora precise agir rapidamente, a empresa onde trabalha é resistente a investir em saúde mental, pois considera o tema um tabu. Com recursos limitados, a dra. Júlia se vê impotente para fornecer o suporte psicológico necessário.
Médicos do trabalho e enfermeiros do trabalho são fundamentais para a promoção da saúde e proteção dos colaboradores. A atuação desses profissionais envolve o diagnóstico e o encaminhamento de questões relacionadas à saúde, além de potencializar a prevenção de riscos e garantir o cumprimento das normas regulamentadoras de saúde e segurança ocupacional.
Infelizmente, são cada vez mais comuns desafios como os da nossa médica fictícia, que podem limitar ou tornar mais complexo o dia a dia dos profissionais da medicina do trabalho. Há fatores diversos que precisam ser enfrentados para que eles e a empresa possam atuar eficientemente.
Veja a seguir quais são os principais desafios enfrentados pelos médicos e enfermeiros do trabalho.
1- Recursos limitados
Muitas empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, não possuem recursos suficientes para que a área de saúde ocupacional esteja equipada e amparada de acordo com o que há de mais moderno no mundo. Essa realidade leva os profissionais a lidar com desafios práticos devido à falta de ferramentas, equipe de apoio reduzida ou infraestrutura inadequada para realizar exames e implementar programas de prevenção.
A falta de recursos é um ponto a ser encarado porque ela tende a comprometer as iniciativas de saúde e segurança, o que compromete todo o ecossistema de saúde ocupacional da empresa.
2- Gerenciamento de saúde mental
Segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout, que consiste no esgotamento mental do colaborador. Esse é apenas um exemplo da ascensão dos transtornos mentais no ambiente profissional.
Cabe às empresas fornecer recursos para que os médicos do trabalho possam identificar e tratar distúrbios mentais como burnout, ansiedade e depressão. Os próprios profissionais de saúde ocupacional devem ser observados para que não sejam acometidos por algum problema de saúde mental.
Em muitos casos, faltam recursos para suporte psicológico adequado e mais: as corporações resistem em investir na área de saúde mental, devido ao tabu em torno do tema.
3- Evolução do modelo de trabalho
A evolução do modelo de trabalho ao longo dos anos fez com que as pessoas tivessem uma relação mais constante com máquinas e passassem mais tempo paradas, o que traz novos riscos e problemas adjacentes. Um exemplo é o grande número de profissionais que enfrentam questões de ergonomia, por passarem longos períodos sentados.
A adaptação aos novos riscos é decisiva para os problemas de saúde não se acumularem. Por isso, os médicos do trabalho precisam ser ouvidos na empresa para que medidas mitigadoras sejam aplicadas.
4- Respeito às normas legais e regulamentações
A legislação trabalhista e de saúde ocupacional envolve muitos detalhes que visam promover a proteção dos colaboradores. Periodicamente, acontecem atualizações nas normas e nem sempre as corporações têm agilidade para se adequar a elas.
A sobrecarga enfrentada por médicos e enfermeiros do trabalho faz com que eles tenham menos tempo para se dedicar às atualizações legais. Além disso, há empresas que resistem em investir nas melhorias exigidas pelas Normas Regulamentadoras (NRs). Vale destacar que descuidos podem resultar em multas e processos judiciais, além de afetar a saúde dos trabalhadores.
5- Iniciativas de promoção da saúde
No mercado de trabalho e na sociedade como um todo, há um movimento de valorização do bem-estar geral dos trabalhadores. Para isso, médicos do trabalho e enfermeiros do trabalho têm a demanda de promover programas de exercícios físicos, nutrição, controle do estresse, entre outros aspectos que envolvem a integralidade da saúde.
A promoção da saúde nas empresas esbarra na falta de recursos para campanhas educativas e outras iniciativas que favoreçam o bem-estar dos colaboradores. Médicos do trabalho lidam com essa limitação e também com a falta de tempo para promover ações de saúde ocupacional, sobretudo nas empresas de menor porte.
6- Funções administrativas e burocráticas
Atender aos colaboradores é apenas uma das atribuições dos médicos do trabalho e dos enfermeiros do trabalho. Essa função ocupa grande parte do tempo dos profissionais de saúde, por isso sobram poucas horas para as funções administrativas e burocráticas que também cabem a eles.
São tarefas dos médicos do trabalho a elaboração de relatórios, o gerenciamento de atestados de saúde ocupacional (ASOs) e a criação de programas de controle de saúde ocupacional (PCMSO). Soma-se a isso uma série de formulários e processos administrativos, o que pode desviar o foco do atendimento médico e gerar uma sobrecarga adicional nos profissionais de saúde das empresas.
7- Uso restrito das novas tecnologias
Os vários desafios enfrentados por médicos e enfermeiros do trabalho podem ser atenuados ou solucionados pelo uso inteligente de novas tecnologias. No entanto, ainda há resistência nas empresas para alterar o modelo tradicional de saúde ocupacional. A falta de recursos ou de tempo para implementação estão entre as razões mais comuns que freiam a evolução tecnológica.
Cabe aos profissionais de saúde ocupacional apresentar as vantagens em adotar ferramentas mais modernas para otimizar o seu trabalho no dia a dia.
O que fazer para melhorar a realidade dos médicos do trabalho?
É fato que médicos do trabalho e enfermeiros do trabalho enfrentam desafios diversos em sua rotina. Um caminho importante para atenuá-los é fazer o melhor uso possível de novas ferramentas tecnológicas.
A Oliv-e é uma healthtech que cria soluções tecnológicas para agilizar o acesso à saúde, em praticamente qualquer lugar. Uma dessas soluções é o OfficeDoctor, teleconsultório que, instalado na empresa, permite consultar um médico rapidamente. Outra é o FastClinic, totem que analisa sinais vitais com reconhecimento facial para acelerar a triagem em clínicas, ambulatórios e hospitais.
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