
Absenteísmo e presenteísmo comprometem a produtividade nas empresas
Carla e Marcos trabalham em uma empresa de tecnologia. Ela é programadora e, pela terceira vez, falta este mês. Motivo: crises de enxaqueca cada vez mais intensas. Ele, integrante da equipe de vendas, não perde um dia sequer, mas há várias semanas seu rendimento caiu. Com a cabeça longe, mal interage com os colegas e entrega as tarefas no limite do prazo. Casos assim são mais comuns do que parecem. Eles ilustram dois fenômenos silenciosos que comprometem o desempenho das empresas: o absenteísmo e o presenteísmo.
Esses termos se referem a mudanças no comportamento do colaborador no ambiente de trabalho. Ambos impactam o desempenho individual e coletivo, influenciam o clima organizacional e elevam os custos operacionais. Por isso, merecem atenção especial por parte das lideranças.
O que é absenteísmo e presenteísmo?
É essencial compreender o significado desses conceitos para lidar com eles de forma adequada no dia a dia corporativo:
Absenteísmo: ausência do colaborador no ambiente de trabalho, seja por motivos justificados (como doenças e licenças) ou não. Pode ser pontual ou recorrente e tem impacto direto sobre o desempenho da equipe e os resultados da empresa.
Presenteísmo: ocorre quando o colaborador está fisicamente presente, mas não consegue desempenhar suas funções com eficiência. Entre as causas mais comuns estão problemas de saúde física ou mental, desmotivação ou fatores pessoais. Mais difícil de detectar, o presenteísmo pode ser tão prejudicial quanto o absenteísmo.
O impacto negativo
Estudos comprovam o peso dessas questões na economia e na rotina das empresas. O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) estima que, nos Estados Unidos, o absenteísmo custe mais de US$ 225,8 bilhões por ano em perdas de produtividade.
No Brasil, um levantamento da revista Exame aponta que o índice médio de absenteísmo no setor de serviços gira em torno de 5%, podendo chegar a 10% no varejo. Segundo a ABCQ (Associação Brasileira de Controle de Qualidade), uma taxa inferior a 4% é considerada próxima do ideal.
Em relação ao presenteísmo, uma pesquisa da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) realizada em 2010 já apontava perdas superiores a R$ 100 bilhões, provocadas por colaboradores que comparecem ao trabalho, porém, produzem muito abaixo do esperado.
Como o absenteísmo e o presenteísmo afetam a produtividade?
Ambos os fenômenos se manifestam de diferentes formas na rotina das empresas:
Absenteísmo:
- Redução da produtividade pela ausência de colaboradores-chave;
- Sobrecarga sobre os colegas, gerando estresse e até burnout;
- Aumento de custos com horas extras ou temporários;
- Possível impacto negativo no clima da equipe e na experiência dos clientes.
Presenteísmo:
- Queda na qualidade das entregas;
- Aumento de erros, retrabalhos e falhas operacionais;
- Dificuldade em diagnosticar e tratar problemas de saúde;
Prejuízos à cultura organizacional, contaminada por desmotivação.
Como reduzir o absenteísmo e o presenteísmo?
Diversas medidas podem ajudar as empresas a minimizar os efeitos desses comportamentos. A seguir, algumas que geram resultados positivos:
1.Ofereça apoio psicológico e emocional
Psicólogos internos, convênios com clínicas ou acesso a plataformas de terapia online fazem diferença. Rodas de conversa e ações educativas sobre saúde mental também ajudam a criar um ambiente de escuta e acolhimento. Essas medidas podem reduzir significativamente casos de presenteísmo decorrentes de depressão, ansiedade e estresse.
2.Implemente jornadas flexíveis e trabalho híbrido
Muitas vezes, modelos rígidos de jornada contribuem para o desgaste físico e mental dos colaboradores. Ao adotar políticas de horário flexível e formatos híbridos ou remotos, as empresas demonstram compreensão sobre a diversidade de rotinas e contextos de vida dos seus profissionais.
A flexibilização permite que o colaborador cuide melhor da própria saúde, concilie compromissos familiares e enfrente menos estresse no deslocamento diário. Dessa forma, tanto o absenteísmo quanto o presenteísmo podem ser reduzidos.
3.Desenvolva lideranças com foco em empatia e escuta ativa
Líderes bem preparados são fundamentais para identificar sinais de cansaço, desmotivação ou sofrimento entre os membros da equipe. A capacitação contínua dos gestores em temas como empatia, comunicação não violenta e gestão humanizada favorece o diálogo e cria um ambiente mais acolhedor.
Quando os colaboradores sentem que podem contar com seus líderes, os índices de presenteísmo e absenteísmo tendem a cair. A escuta ativa também permite detectar conflitos ou sobrecargas antes que se agravem.
4.Faça avaliações periódicas de clima organizacional
Monitorar o clima organizacional por meio de pesquisas e canais de feedback anônimos é uma estratégia eficaz para entender os fatores que estão afetando a saúde e a produtividade das equipes.
Questões como excesso de carga, más relações entre colegas ou falta de reconhecimento podem ser as explicações para quadros de adoecimento físico ou mental. Ao diagnosticar essas situações com antecedência, a empresa consegue agir rapidamente, com ajustes de processos para prevenir ausências prolongadas.
5.Crie programas de reconhecimento e valorização profissional
A falta de reconhecimento é um dos principais fatores de desmotivação no trabalho. Bônus, elogios públicos, planos de carreira e metas claras são formas efetivas de engajar colaboradores e evitar o desânimo que leva ao presenteísmo.
6.Ofereça treinamentos sobre autocuidado e saúde preventiva
Promover o conhecimento sobre sono, alimentação equilibrada, atividade física e controle do estresse estimula escolhas mais saudáveis e reduz doenças evitáveis. De quebra, os índices de absenteísmo e de presenteísmo ligados a estilo de vida inadequado caem.
7.Garanta acesso fácil a consultas e exames preventivos
Muitas vezes, a dificuldade para agendar consultas ou a falta de tempo para realizar exames impede que os colaboradores cuidem da saúde adequadamente. Oferecer atendimento médico no local de trabalho, convênios acessíveis ou plataformas de telemedicina são formas de facilitar o acesso à saúde. A prevenção é o melhor caminho para reduzir afastamentos prolongados e situações em que o colaborador comparece ao trabalho, mas não consegue render.
A saúde ocupacional na sua empresa pode evoluir
Minimizar os impactos e os riscos de absenteísmo e presenteísmo tem muito a ver com a gestão de saúde ocupacional. Empresas que tratam o tema com a responsabilidade que ele pede tendem a ter menos problemas com esses dois distúrbios organizacionais.
Uma das formas de aprimorar a gestão da saúde ocupacional, e consequentemente reduzir absenteísmo e presenteísmo, é investir em tecnologia. A Oliv-e Saúde é uma healthtech que oferece ao mercado ferramentas capazes de transformar os cuidados com o bem-estar dos colaboradores.
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