11 de dezembro de 2025

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Categories: Saúde

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Indicadores de saúde ocupacional em tempo real elevam eficácia do SESMT

Quanto mais amplo é o campo de visão do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), mais precisas se tornam as decisões em saúde e segurança. Indicadores de saúde ocupacional reúnem dados antes dispersos sobre incidentes, afastamentos, exposição a riscos e sinais vitais e os convertem em alertas concretos para quem cuida dos colaboradores. Assim, o SESMT passa a enxergar tendências e agir antes que um problema se consolide.

Ferramentas digitais sustentam esse processo ao coletar, integrar e interpretar informações de sensores em máquinas, registros de quase acidentes, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), entre outros itens capturados no ambiente de trabalho. Com essa base de dados, o SESMT consegue priorizar áreas críticas, reorganizar escalas, rever pausas e ajustar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Quando o dado chega na hora certa

Ainda assim, a inteligência artificial e outros recursos seguem pouco explorados na prática. O relatório Medscape & HIMSS AI Adoption by Health Systems de 2024 revela que a IA se concentra em rotinas administrativas, como transcrição de anotações e reuniões ou automatização de comunicações com pacientes, enquanto o uso assistencial permanece limitado.

Na saúde ocupacional, há espaço para ir além. Indicadores de saúde ocupacional, conectados à rotina do SESMT e ao PCMSO, permitem monitorar riscos de forma contínua e qualificar o cuidado oferecido aos colaboradores. Esses dados sustentam decisões mais rápidas e eficazes. Conheça alguns deles a seguir.3

1 – Dashboards de segurança

Manter a segurança do ambiente de trabalho é um ponto indispensável na saúde ocupacional. Um sistema de dashboards integra dados em tempo real e reúne, num único painel, taxa de incidentes por turno, número de quase acidentes (near misses), uso de EPIs, resultados de inspeções de segurança e tempo de resposta a ocorrências. Ao cruzar informações de sensores, máquinas e circulação de pessoas, o SESMT identifica áreas mais críticas, ajusta rotinas e intervenções e reduz a probabilidade de que pequenas falhas se transformem em acidentes.

Um artigo publicado no Global Journal of Research in Science and Technology mostra que esse tipo de painel ajuda a antecipar falhas de equipamentos e apoiar decisões de manutenção preventiva.

2 – Dispositivos vestíveis (wearables)

Outra forma de monitorar a saúde dos colaboradores é disponibilizar wearables. Esses dispositivos medem parâmetros como frequência cardíaca, temperatura corporal e nível de oxigenação, disparando alertas em caso de flutuações preocupantes. 

Um estudo de 2025 aponta que a adesão depende da percepção de utilidade e da clareza sobre o uso dos dados. Quando bem comunicados e alinhados à legislação trabalhista, esses dispositivos geram indicadores que permitem ao SESMT ajustar escalas, rever pausas, recomendar realocações temporárias e priorizar exames previstos no PCMSO.

3 – Alertas preditivos com score de risco por funcionário ou área

Compreender e mensurar os riscos são ações necessárias para uma gestão de excelência no SESMT. Tanto por funcionário como por área, é possível desenvolver um score de risco, baseado em parâmetros como tipo de tarefa, turno, experiência do colaborador, histórico de afastamentos, condições ambientais e registros de quase acidentes. 

O sistema analisa essas variáveis em tempo real e em séries históricas e sinaliza elevações de risco antes que o problema ocorra, permitindo intervenção imediata. Com esse tipo de modelo preditivo, o SESMT consegue priorizar inspeções em áreas críticas, antecipar treinamentos específicos, revisar procedimentos e estabelecer metas de redução de acidentes alinhadas às normas regulamentadoras e ao PCMSO.

Um estudo de 2020, publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health (IJERPH), reforça esse potencial ao utilizar modelagem preditiva em operações de mineração para estimar dias de afastamento após acidentes.

score de risco bem construido

4 – IA para captura de sinais vitais dos colaboradores

Pressão arterial, frequência cardíaca, saturação de oxigênio e temperatura corporal são alguns dos parâmetros que podem ser capturados no próprio ambiente da empresa. Com o apoio da inteligência artificial, esses dados alimentam hipóteses diagnósticas e ajudam a direcionar corretamente cada caso.

É o que faz o Office Doctor, ferramenta da healthtech Oliv-e, que captura sinais vitais em cabines ou totens instalados nas empresas e envia as informações para análise clínica. Na prática, organizações de diferentes setores utilizam a solução para reduzir filas em ambulatórios internos, priorizar colaboradores com maior risco cardiovascular e gerar dados estruturados para os indicadores de saúde ocupacional acompanhados pelo SESMT.

Utilize os indicadores de saúde ocupacional em tempo real                              

O uso de indicadores em tempo real qualifica as decisões do SESMT e fortalece a prevenção de acidentes. Quando esses dados se integram a dashboards, scores de risco, dispositivos vestíveis e à captura estruturada de sinais vitais, o cuidado deixa de ser reativo e passa a ser guiado por evidências. 

A escolha dos indicadores deve vir acompanhada de definições claras sobre como serão coletados, analisados e incorporados às rotinas do SESMT, desde o PCMSO e os exames ocupacionais até as metas de redução de acidentes e afastamentos. 

4 frentes para usar indicadores em tempo real

Soluções como o Office Doctor se integram a outros sistemas e apoiam a construção de uma visão consolidada, facilitando o acompanhamento por médicos do trabalho, engenheiros de segurança e gestores de RH. Para conhecer outras ferramentas da Oliv-e, acesse este link.