5 de dezembro de 2025

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Categories: Saúde

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Como a inteligência artificial na saúde ocupacional transforma os exames de saúde do trabalhador, da triagem ao diagnóstico

A inteligência artificial na saúde ocupacional está saindo da fase experimental e entrando na rotina de médicos e enfermeiros do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), sobretudo na gestão dos exames ocupacionais e na vigilância da saúde dos trabalhadores. Em vez de depender apenas de planilhas e agendas fixas, algumas empresas já usam sistemas de IA que cruzam histórico clínico, função e exposição a riscos para indicar quem precisa de exames complementares ou de uma consulta de acompanhamento.

Revisões sobre IA em saúde, como o relatório How artificial intelligence is making health care more human, produzido pela MIT Technology Review Insights, mostram que algoritmos de triagem, modelos de predição de risco e sistemas de apoio à decisão clínica qualificam o processo diagnóstico. Na saúde ocupacional, essas ferramentas sustentam o planejamento de exames periódicos, admissionais e de retorno ao trabalho e ajudam a identificar quem necessita de investigação complementar.

IA fortalece decisão - Oliv-e

Ao mesmo tempo, o relatório Ética e Governança da Inteligência Artificial para a Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta e reforça que qualquer uso de IA em exames e decisões clínicas precisa seguir princípios éticos claros, com transparência, supervisão humana e proteção rigorosa de dados sensíveis. É nesse cruzamento entre inovação e responsabilidade que a inteligência artificial na saúde ocupacional se torna aliada do SESMT, da triagem à maior precisão diagnóstica.

Exames ocupacionais: da triagem à precisão diagnóstica com IA

Na prática do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), a IA acompanha a jornada dos exames, da indicação por risco à interpretação de resultados. Revisões sobre aplicações clínicas de IA em saúde ocupacional, como o artigo de Chaudhry et al. no Journal of Occupational and Environmental Medicine, descrevem modelos usados para triagem, estratificação de risco e suporte à decisão em exames clínicos e complementares. Questionários inteligentes e análise de dados priorizam quem deve ser chamado para exames, com base em exposição e resultados.

Da triagem ao diagnostico IA apoia exames ocupacionais - Oliv-e

Já estudos sobre big data em saúde do trabalhador, como o artigo Big data em Saúde do Trabalhador, revelam o potencial da IA para rastrear padrões de risco em grandes bases corporativas. Na etapa diagnóstica, algoritmos de deep learning – um tipo de inteligência artificial que aprende padrões em grandes bases de dados – apoiam a leitura de exames e destacam achados que merecem atenção do médico.

Monitoramento da saúde em tempo real

Além dos exames, a inteligência artificial na saúde ocupacional já aparece no monitoramento contínuo. Dispositivos vestíveis (wearables) acompanham sinais vitais, padrões de sono, níveis de fadiga e estresse, enquanto sensores e sistemas conectados registram dados em tempo real sobre condições de ambiente e segurança. Por sua vez, essas informações alimentam modelos de IA que identificam mudanças de padrão, sugerem intervenções e ajudam o SESMT a ajustar planos de ação, priorizar áreas de risco e decidir quando intensificar exames clínicos ou complementares.

Fadiga, saúde mental e diagnóstico precoce

Outros estudos apontam que algoritmos podem detectar sinais de fadiga ao analisar como o profissional digita. Observa-se a velocidade, pausas, quantidade de erros e mudanças nesse comportamento ao longo do período, além de alterações em indicadores fisiológicos. Em paralelo, ferramentas de IA monitoram marcadores relacionados a estresse e ansiedade, sempre com critérios de confidencialidade e consentimento, o que abre espaço para uma abordagem mais preventiva dos riscos psicossociais.

5 sinais rastreados pela IA -

Esse olhar antecipado também se estende ao diagnóstico precoce de doenças ocupacionais. Um estudo de 2023, publicado no Journal of Occupational Health, descreve modelos de deep learning aplicados a exames de imagem pulmonar capazes de identificar sinais compatíveis com enfermidades em fase inicial. Isso reduz afastamentos prolongados e evita o agravamento clínico.

IA pode transformar a saúde ocupacional

Quando aplicada sob padrões éticos rigorosos e com supervisão humana, em linha com recomendações da OMS e da Agência Europeia para Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA), a inteligência artificial na saúde ocupacional melhora prevenção, triagem e tomada de decisão clínica em exames e na gestão de riscos. Médicos e enfermeiros do trabalho que buscam ferramentas inovadoras encontram na IA um apoio relevante, sem abrir mão do exame clínico, da escuta e da relação com o trabalhador.

A Oliv-e é uma healthtech que disponibiliza ferramentas baseadas em IA e outras tecnologias para apoiar o SESMT na gestão de exames, indicadores e programas de saúde corporativa. Para conhecer as soluções da Oliv-e, basta acessar o site oficial neste link.