28 de novembro de 2025

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Categories: Saúde

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Indicadores de saúde corporativa podem ser medidos como investimento?

As empresas costumam contar com vários indicadores de saúde corporativa, mas nem sempre sabem como esses dados se transformam em impacto financeiro positivo. Indicadores-chave de performance (KPIs) como produtividade, custos assistenciais, absenteísmo e presenteísmo estabelecem essa conexão ao apontar se o pacote de benefícios responde às necessidades dos colaboradores.

No Brasil, esse diagnóstico ganha profundidade com o Painel de Indicadores da ANS, órgão regulador da saúde suplementar, que reúne dados de sinistralidade, frequência de uso e despesas médicas. Quando integrados a indicadores internos, esses números oferecem um retrato preciso dos custos assistenciais, dos riscos populacionais e dos efeitos das ações preventivas no orçamento corporativo. Assim, os KPIs deixam de ser registros operacionais e passam a formar a base analítica que sustenta a avaliação do retorno sobre o investimento (ROI) em saúde.

KPI's - Oliv-e

ROI de indicadores de saúde corporativa pode variar de acordo com a estratégia

Um estudo revisional desenvolvido em 2021 por cientistas nos Estados Unidos ajuda a entender o desafio de mensurar resultados em saúde corporativa. Foram analisados 47 artigos científicos que apresentavam análises sobre ROI em programas de saúde e bem-estar. Das principais conclusões do levantamento, destacam-se:

  • Programas de controle e gestão de doenças produzem um ROI mais elevado do que programas mais focados em bem-estar;
  • Custos com presenteísmo são mais comprometedores para o ROI do que custos associados à assistência médica e ao absenteísmo. 

Esse último ponto se conecta aos achados da pesquisa da consultoria McKinsey, que identificou que o presenteísmo pode ser reduzido com programas estruturados de bem-estar. 

Presenteísmo - Oliv-e

Essa leitura se aprofunda quando a análise inclui dados clínicos, ocupacionais e comportamentais. É nesse sentido que o relatório Health Trends, da Mercer Marsh, consultoria global especializada em gestão de riscos e benefícios, reforça a tendência ao mostrar que organizações que integram diferentes bases de informação conseguem identificar riscos com maior precisão. 

Como medir o ROI de indicadores de saúde corporativa?

O relatório da PwC, rede global de consultoria empresarial, acrescenta que programas de saúde digital alcançam retornos mais consistentes quando partem de um diagnóstico detalhado da população atendida. 

Esse ponto se alinha com o estudo da McKinsey, que propõe uma estrutura de mensuração baseada em três etapas: compreender o estado de saúde dos colaboradores por meio de entrevistas e check-ups periódicos; definir indicadores relevantes – produtividade, retenção, absenteísmo, presenteísmo e custos assistenciais – para orientar análises; e incluir a perspectiva ESG (ambiental, social e governança), que evidencia como o cuidado com as pessoas também influencia a reputação corporativa. O acompanhamento contínuo da saúde e da satisfação dos colaboradores completa esse ciclo ao mostrar se as ações implementadas geram impacto real.

Com a integração crescente de dados, esses indicadores passam a oferecer uma visão concreta sobre risco, comportamento e efeitos financeiros.

Como ampliar o ROI de um programa de bem-estar?

O estudo ROI do Bem-Estar, desenvolvido pela empresa de benefícios Wellhub, aponta que 56% das corporações recebem de volta mais do que o dobro do que investem em iniciativas de bem-estar. Segundo a pesquisa, as organizações que apresentaram o ROI mais alto foram aquelas que combinaram múltiplos benefícios relacionados ao bem-estar. O estudo conclui que pacotes mais completos têm maior probabilidade de gerar efeitos consistentes em indicadores como retenção, turnover e produtividade.

56% empresas recuperam investimento bem-estar - Oliv-e

Saúde corporativa pode ir além do convencional

A saúde física e emocional dos colaboradores também é influenciada por fatores que extrapolam o ambiente de trabalho, como insegurança financeira e sobrecarga familiar. Uma pesquisa global realizada em 2024 pela consultoria WTW aponta que o bem-estar dos funcionários é determinante para a produtividade: 58% relatam preocupações com dinheiro, e essa incerteza afeta o bem-estar físico, emocional e social. 

Além dessa atenção voltada às finanças, empresas vêm ampliando sua atuação com ferramentas digitais que ajudam a mapear riscos e antecipar necessidades. Entre as soluções, as plataformas digitais de cuidado — como ferramentas de monitoramento contínuo, teleatendimento e ambulatório digital — consolidam informações e orientam intervenções preventivas. A adoção dessas tecnologias é bem recebida pelo mercado. Uma pesquisa de 2023 da PwC aponta que 80% dos empregadores já consideram as soluções digitais de saúde essenciais para apoiar a gestão de equipes.

O impacto do cuidado contínuo nas organizações

Mesmo com desafios na mensuração, os indicadores de saúde corporativa evidenciam que investir no bem-estar reduz riscos e melhora a performance das equipes. No ambiente corporativo, soluções digitais que integram dados clínicos, ocupacionais e comportamentais fortalecem análises e substituem decisões baseadas em percepções isoladas.

A Oliv-e desenvolve tecnologias que apoiam essa transição ao oferecer ferramentas aplicáveis a empresas de diferentes portes e também a clínicas e hospitais. As soluções estão disponíveis na plataforma da empresa. Para conhecer, acesse este link.