
Como investir melhor em saúde ocupacional sem comprometer o orçamento
O Brasil registrou mais de 724 mil acidentes de trabalho em 2024, o equivalente a 83,6 casos por hora, segundo dados do Ministério do Trabalho, com base nas notificações do eSocial e INSS. Desses acidentes, 74,3% ocorreram durante o expediente, 24,6% no trajeto e cerca de 1% por doenças ocupacionais. Os números revelam uma realidade que exige atenção e mostram como a saúde ocupacional deve ser parte essencial da estratégia de qualquer empresa.
Com orçamentos cada vez mais apertados, a pergunta persiste: como garantir o cuidado com os colaboradores sem comprometer as finanças da organização?
A resposta está no uso inteligente dos recursos. Algumas empresas têm adotado soluções simples, como incorporar ergonomia no dia a dia, investir em saúde mental e utilizar dados internos para mapear afastamentos e agir de forma preventiva.
Um bom exemplo são os programas implementados pelo SESI-SP em setores como indústria, construção civil e serviços. Eles apontam que pausas ativas e avaliações posturais regulares podem reduzir em até 40% as queixas de dor musculoesquelética entre os trabalhadores.
A importância do tema também se traduz em números financeiros. Um estudo recente da startup Levee revelou que as 500 maiores empresas do Brasil deixam de faturar, em média, R$ 230 milhões por ano por conta da improdutividade. E, vale ressaltar, boa parte disso está relacionada a problemas de saúde mal gerenciados .
(Leia também: Saúde ocupacional: o que é, por que importa e quais os desafios da área)
Não é preciso começar com grandes investimentos. O essencial é entender o perfil dos colaboradores, identificar os principais riscos e criar um plano de ação coerente com a realidade da empresa.
A seguir, você confere estratégias para investir na saúde dos times de forma sustentável, com resultados concretos para quem cuida e para quem é cuidado.
1. Priorize ações com maior ROI
Investimentos com alto retorno sobre o investimento (ROI) devem ser prioridade.
Avalie as iniciativas que mais impactam os indicadores de saúde, segurança e produtividade. Ao priorizar ações que comprovadamente apresentam impacto financeiro positivo, a empresa economiza recursos e fortalece sua cultura preventiva.
2. Terceirize serviços especializados
Manter uma equipe interna completa de saúde ocupacional pode gerar custos elevados.
Uma opção para minimizar despesas fixas é terceirizar avaliações ergonômicas, exames toxicológicos ou treinamentos específicos. Essa abordagem oferece acesso a expertise qualificada sob demanda, sem encargos trabalhistas ou investimentos em infraestrutura.
3. Otimize os planos de saúde
Revisar contratos anuais, negociar com operadoras coletivas e incluir cláusulas de uso racional pode reduzir custos sem comprometer a cobertura.
Em alguns casos, compartilhar dados preventivos com a operadora diminui a sinistralidade e, com isso, o valor do plano. É uma forma de economizar mantendo a qualidade da assistência.
4. Estruture campanhas preventivas sazonais
Campanhas de prevenção, como vacinação, ergonomia e saúde mental, podem ser alinhadas ao calendário de grupos vulneráveis, para evitar surtos e doenças sazonais.
Concentrar esforços em períodos estratégicos reduz faltas e otimiza recursos. Na prática, o impacto aumenta e os custos diminuem.
5. Implemente programas de prevenção de doenças crônicas
Iniciativas voltadas à prevenção de doenças crônicas costumam apresentar um ROI significativo.
Medidas simples, como aferição regular da pressão arterial e orientação alimentar, ajudam a reduzir faltas médicas e a ocorrência de sinistros. Quando uma empresa investe na saúde dos colaboradores de forma preventiva, ela também otimiza seus custos de maneira eficiente.
6. Centralize as compras de EPIs para reduzir custos e elevar a qualidade
A compra descentralizada de equipamentos de proteção individual (EPIs) pode gerar prejuízos financeiros e operacionais.
Centralizar esse processo permite negociações em maior volume e reduz o custo unitário de itens essenciais, como luvas, capacetes, botas e óculos de proteção.
7. Unifique campanhas de saúde com ações de endomarketing
Campanhas de saúde realizadas isoladamente costumam ter menos adesão e exigem mais recursos.
Integrá-las ao endomarketing amplia o alcance com menor investimento. Um exemplo: uma campanha contra o sedentarismo pode contar com materiais visuais em áreas comuns e ser reforçada por comunicados internos. Ao alinhar os temas à cultura da companhia, é possível reforçar valores organizacionais, fortalecer o engajamento e gerar impacto sem custos extras.
8. Faça auditorias contratuais e técnicas para manter a qualidade sem desperdício
Auditorias periódicas em contratos de fornecedores de saúde ocupacional ajudam a identificar cláusulas desfavoráveis, distorções e oportunidades de renegociação.
Além disso, revisar os procedimentos técnicos – como exames periódicos, treinamentos e atendimentos médicos – garante conformidade com as normas vigentes e evita gastos com práticas desnecessárias ou desatualizadas.
9. Incentive o autocuidado por meio da gamificação
A lógica da gamificação pode ser aplicada na saúde ocupacional com excelentes resultados.
Aplicativos com desafios semanais de atividade física, alimentação ou pausas ativas aumentam o engajamento e ajudam a reduzir doenças relacionadas ao sedentarismo. É uma forma divertida e eficiente de estimular o autocuidado, sem gerar custos significativos.
10. Ofereça telemedicina no ambiente da empresa
A telemedicina tem ganhado espaço no ambiente corporativo por aliar comodidade e economia.
Oferecer consultas e triagem médica sem deslocamento reduz o absenteísmo por doenças de menor gravidade e o tempo de afastamento. Um bom exemplo é o conjunto de ferramentas oferecidas pela Oliv-e Saúde.
Além da telemedicina, a healthtech disponibiliza outras tecnologias inovadoras, como o totem de autoatendimento, que mede sinais vitais de forma automatizada em questão de minutos.
Faça investimentos inteligentes em saúde ocupacional
A gestão da saúde ocupacional evolui com decisões bem pensadas, que incluem formas de ampliar os cuidados oferecidos aos colaboradores sem comprometer o orçamento.
A chave está em direcionar recursos para ações com impacto real nos resultados. Assim, os times de RH e SESMT garantem proteção aos colaboradores, mantêm a conformidade com as normas regulamentadoras, reduzem custos e fortalecem a performance organizacional.
Investir com inteligência é também usar dados para gerar economia em médio e longo prazo. A Oliv-e Saúde disponibiliza um dashboard que apresenta os resultados obtidos nas leituras realizadas durante as triagens. Com isso, é possível identificar potenciais problemas e, a partir deles, criar programas de saúde ocupacional para atuar de forma preventiva. É uma medida que ataca os pontos críticos para minimizar impactos futuros com questões de saúde dos colaboradores.
Há várias opções de investimento em saúde ocupacional. Se você deseja incorporar as tecnologias mais modernas à sua empresa, conte com a Oliv-e Saúde. Para saber mais detalhes, acesse o site da Oliv-e Saúde agora mesmo.