29 de setembro de 2025

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Como a ergonomia em segurança do trabalho transforma saúde e produtividade nas empresas

A ergonomia em segurança do trabalho é uma das chaves para reverter esse cenário porque propicia ambientes corporativos mais saudáveis, confortáveis e produtivos. No Brasil, por exemplo, quase 30% dos afastamentos por doenças ocupacionais estão ligados a problemas musculoesqueléticos – condições que afetam músculos, articulações, tendões e estruturas ósseas –, segundo dados recentes da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Esses quadros são frequentemente causados por posturas inadequadas, esforços repetitivos, assim como sobrecarga física durante a jornada profissional. 

Imagine duas situações: na primeira, o colaborador termina o dia exausto, com dores constantes nas costas e nos ombros, resultado de horas sentado em má postura. Na segunda, ele dispõe de uma cadeira ajustada ao seu corpo, trabalha com o monitor na altura correta e intercala a rotina com pausas programadas para alongamento. A diferença entre os dois contextos está na atenção que a empresa dedica à ergonomia, um investimento estratégico que reduz tensões, previne lesões e aumenta o engajamento das equipes.

A ergonomia é um tema central dentro da saúde ocupacional. Por isso, gestores e líderes devem adotar soluções práticas que garantam mais segurança e conforto às pessoas e, consequentemente, assegurem que desempenhem suas funções com qualidade e motivação no dia a dia. Confira algumas iniciativas que contribuem para esse aperfeiçoamento:

Adequação ergonômica personalizada do posto de trabalho

A ergonomia está diretamente relacionada ao ambiente físico em que o trabalhador atua. Cada posto deve ser adaptado à realidade de quem o ocupa, respeitando características físicas, hábitos e necessidades específicas. Quem realiza suas atividades em frente ao computador, por exemplo, precisa de um espaço ajustado com cadeira, mesa, teclado, mouse e monitor configurados conforme seu biotipo e rotina.

Para isso, alguns princípios básicos devem ser observados: monitores na altura dos olhos, teclado ligeiramente abaixo dos cotovelos e pés totalmente apoiados também. O descuido com esses detalhes, porém, pode gerar tensão cervical, lombar e nos membros superiores e evoluir para dores persistentes, fadiga e afastamentos.

Uma solução prática é disponibilizar estações ajustáveis, capazes de se adaptar a diferentes perfis de colaboradores. Essa flexibilidade torna a ergonomia mais inclusiva e eficaz, pois respeita particularidades individuais.

Mesas com altura ajustável para melhor ergonomia

Mesas reguláveis permitem que o colaborador alterne períodos de trabalho sentado e em pé, o que é essencial para jornadas longas e repetitivas. Segundo um estudo realizado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, ficar sentado mais de 11 horas por dia aumenta em quase 80% o risco de morte por doenças cardiovasculares e em 57% as chances de mortalidade geral em comparação a quem permanece sentado por menos de nove horas.

Outra pesquisa, publicada no British Journal of Sports Medicine, aponta que a alternância postural por ao menos duas horas diárias reduz queixas musculoesqueléticas e melhora a concentração, por exemplo. Portanto, além de aliviar tensões físicas, a mudança favorece o foco e o desempenho cognitivo.

Rotatividade de tarefas e pausas ativas para prevenir lesões

Levantar-se algumas vezes ao dia para caminhar ajuda, mas não basta. É necessário adotar estratégias estruturadas, como alternar tarefas e incluir pausas ativas com alongamentos, que reduzem fadiga, dores por movimentos repetitivos e risco de lesões.

Essa prática pode ser aplicada em escritórios, fábricas, laboratórios e outros ambientes. Além de aliviar tensões localizadas, estimula a mobilidade, melhora a circulação e fortalece uma cultura de autocuidado físico e mental.

Treinamento em levantamento seguro para cargas pesadas

Em setores que exigem esforço físico intenso, especialmente no levantamento de peso, o risco de lesões lombares é elevado. Por isso, é essencial treinar colaboradores para movimentar cargas de forma correta.

As orientações incluem dobrar os joelhos ao abaixar, manter a carga próxima ao corpo, evitar torções bruscas de tronco e distribuir o peso de forma equilibrada. Essa prática protege a coluna, preserva as articulações e garante mais segurança nas tarefas.

O treinamento pode ser realizado presencialmente ou online, com vídeos e simulações, por exemplo. Além de reduzir custos com afastamentos, aumenta a confiança dos colaboradores e melhora a execução das atividades.

Identificação e correção de riscos ergonômicos críticos

Mapear fatores como força excessiva, posturas extremas, movimentos repetitivos e vibração mecânica é essencial para prevenir lesões. Um estudo realizado em uma montadora na China mostrou que intervenções integradas – combinando treinamento, ferramentas auxiliares e programas educativos – reduziram significativamente sintomas e afastamentos.

Na prática, a aplicação de auditorias ergonômicas periódicas, entrevistas com trabalhadores, medições biomecânicas e inspeções visuais são fundamentais para identificar pontos críticos antes que se transformem em problemas reais. Essa abordagem também inclui a análise das tarefas mais repetitivas e das condições ambientais, como iluminação e temperatura, que podem influenciar o desempenho físico.

Quando as falhas são corrigidas precocemente, a empresa reduz custos com afastamentos, melhora a eficiência operacional e fortalece a percepção de cuidado com a saúde do trabalhador.

Programas ergonômicos estruturados

Mais do que ações pontuais, a empresa pode adotar um programa contínuo, com etapas de diagnóstico, intervenção e acompanhamento. Assim, iniciativas isoladas se transformam em uma política permanente de bem-estar.

A Occupational Safety and Health Administration (OSHA) – agência do governo dos Estados Unidos responsável por normas de segurança e saúde ocupacional – recomenda adaptações frequentes no posto de trabalho para reduzir a gravidade das doenças musculoesqueléticas e aumentar a produtividade. Esse tipo de programa fortalece a cultura de prevenção, transmite ao colaborador a percepção de cuidado e gera métricas que comprovam o retorno do investimento.

O processo começa com uma análise detalhada das condições de trabalho e da identificação dos principais fatores de risco. Em seguida, são feitas intervenções específicas, como ajustes de mobiliário, equipamentos ou rotinas operacionais. O acompanhamento contínuo garante a medição de resultados e permite ajustes periódicos sempre que necessário.

Wearables com feedback postural em tempo real

Novas tecnologias também favorecem a ergonomia. Dispositivos vestíveis monitoram a postura e alertam o colaborador em tempo real quando detectam desalinhamento. Combinados ao machine learning, permitem coletar dados ergonômicos e realizar intervenções proativas.

Um estudo realizado no Equador revelou uma redução estatisticamente significativa na postura incorreta durante tarefas específicas, por meio dos wearables. No cotidiano corporativo, profissionais em longas jornadas na posição sentada podem se beneficiar do recurso para corrigir a postura antes que se tornem dores crônicas. Essa tecnologia cria consciência corporal e promove aprendizado diário.

Ergonomia em segurança do trabalho é prioridade

Promover ergonomia em segurança do trabalho vai além de cadeiras ajustáveis ou mesas reguláveis. É a construção de um ecossistema corporativo que une saúde, inclusão e consciência sobre os impactos das atividades no corpo e na mente.

Quando aplicada de forma consistente, porém, a ergonomia reduz dores e lesões, diminui afastamentos e preserva a produtividade. Esses efeitos práticos refletem diretamente na motivação e no engajamento das equipes, que percebem no dia a dia o cuidado da empresa com seu bem-estar.

Desta forma, esse investimento não se resume a ganhos operacionais. Ele reforça a imagem de uma organização comprometida com pessoas e capaz de criar ambientes mais saudáveis, sustentáveis e humanos.

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